12 novembro, 2008

Paixão

Certamente todas as histórias de amor têm que ter um final feliz, como em todos os filmes românticos em que a hstória dele e dela acaba sempre com uma família feliz ou com uma simples união eterna. O mesmo não se passa com as histórias de 'não viveram felizes para sempre', porque estas histórias também existem, também são reais, quer queiramos quer não, são reais. Assim é a história dele. de um simples rapaz que apenas encontrava a felicidade na dor dos demais, a dor de quem abandonava parecia fazer dele mais forte. Nunca perdeu, sempre ganhou, sempre teve tudo, talvez também até aquilo a que não tinha direito, a vida sempre lhe sorriu, apareceram pessoas em seu redor por quem se apaixonou mas passado algum tempo rejeitou, ainda hoje sem perceber porquê, mas rejeitou, continua agora com uma vida um tanto monótona, olhando para trás e vendo se tudo o que fez era ou não correcto vendo tudo o que lhe pasou completamente ao lado, os amores que podia ter guardado mas jogou no riacho deixando-os ir com o sentido da maré. Hoje ele continua apaixonado pela vida mas não acredita que possa haver alguém para preencher o espaço em branco no seu coração, hoje ele pergunta-se 'E se conseguisse de novo tudo o que dexei para trás?' 'E se conseguisse simplesmente voltar atrás?' Ele pensa a todo o custo que se assim conseguisse que era agora mais feliz do que nunca. Mas continua sem alma gémea, anda por si só, apoiado em nada e com uma simples lei de vida, viver o tempo que lhe resta da melhor forma possível, que espera ser mais que muito e mais que suficiente. Serei capaz de ultrapassar tudo e voltar a sentir o 'amor'? Serei capaz, de algum dia encontrar quem me faça feliz novamente? Será que algum dia volto a encontrar 'a meia para o meu pé'? Sim, vou conseguir, se assim o destino me sorrir, e sim...este rapaz 'fui' eu...

31 outubro, 2008

a ti gaby...

'Oh como é doce e consoladora a certeza de não haver, entre nós, mais do que um véu material, que te esconde ao meu olhar, a certeza de que possas estar aqui, ao meu lado, ver-me e ouvir-me como outrora, de que não me esqueces, da mesma maneira que não te esqueço, de que os nossos pensamentos se confundem incessantemente, e de que o teu pensamento me segue e me ampara sempre. Que a paz esteja contigo' ALLAN KARDEC

R.I.P Vivi

força do pensamento

Acordei, dei por mim a pensar como é bom pensar, nunca me tinha apercebido do quão vastos são os pensamentos. Já alguma vez te apercebeste que não escolhes aquilo em que pensas? Que não é possível dizer a um pensamento 'vai embora', assim como não é possível dizer ao coração 'pára' e o que acontece é que ele não pára, continua a dar-nos vida. Já experimentaste ser mais forte que os teus pensamentos? Não tentes, não vale a pena. Faças o que fizeres, fomos gerados com uma capacidade mínima de não poder controlar totalmente o nosso cérebro. Agora me pergunto, será possível enganar um pensamento? Será possível fazer com que este mude? Sim, é bem possível porque não somos comandados por eles, se pensarmos que somos malucos isso não faz de nós malucos. Aqui está a essência do pensamento, é incontrolável mas manipulável. Agora pensem para vocês se vale a pena ou não 'pensar'.

(a ouvir - This is halloween)

28 outubro, 2008

leveza

Levemente como uma simples pena a pairar, um fio de incenso no ar, uma simples brisa que entra pela janela a susurrar, estou sentado num quarto de apartamento, numa pequena 'caixa' onde moram muitos como eu, como nós. Serei o único neste momento a sentir esta leveza? Serei o unico que pensa assim com clareza? Sim, consigo novamente pensar com clareza, hoje senti-me completamente vivo, como já não me sentia há já algum tempo. Que boa é a vida, que bom e poder gritar para mim mesmo como é boa esta alegria. O dia começou cedo, o pólen no ar dá um toque de magia a uma linda manhã de outono, salientando-se por entre folhas caídas no parque. Foi bom percorrer caminho por entre o verde das árvores, respirar fundo e fazer uma vénia à vida. Acabou o dia com um grande peso do stress citadino, mas esta leveza que me invade agora e de tudo o que me rodeia instalou de novo em mim o verdadeiro eu pelo qual procurei todo este tempo, o verdadeiro eu que diz 'olá' à vida, o verdadeiro eu que sou 'EU'.

(a ouvir) Lacrima

02 outubro, 2008

Felicidade (III)

Normalmente…é sempre assim… é a fraqueza do homem que o torna sociável, são as nossas misérias comuns que levam os nossos corações a interessar-se pela humanidade… Todos os afectos são indícios de insuficiência: se cada um de nós não tivesse necessidade dos outros, nunca pensaria em unir-se a eles. Assim, da nossa própria enfermidade, nasce a nossa frágil felicidade. Só Deus goza de uma felicidade absoluta, mas qual de nós faz uma ideia do que isso seja? Se algum ser imperfeito se satisfizesse consigo mesmo, tal como Deus, de que desfrutaria ele, na nossa opinião? Estaria só, seria miserável. Ser-se feliz assenta em gostar, e sentir que somos queridos para alguém, importantes, especiais. Não posso acreditar que aquele que não precisa de nada possa amar alguma coisa: não acredito que aquele que não ama nada se possa sentir feliz. A vida é feita de altos e baixos, obstáculos, metas, objectivos a alcançar…e só com a base de nos sentirmos especiais, importantes e queridos para alguém conseguimos ultrapassar tudo o que, nem que por breves instantes, ou até mesmo dias, ou até mesmo meses, nos queira pôr abaixo… nos queira derrubar. Todos nós já nos sentimos mal, sem vida, sem razão por que continuar, como se diz por aí, sem ponta por onde se lhe pegue! Mas porquê? Porquê sentirmo-nos assim se temos uma vida imensa e tanto por descobrir? Porquê, se tudo o que nos rodeia é tão lindo e tudo o que Deus fez funciona? Porquê, se ao pararmos para pensar e estivermos uns minutos a olhar pela varanda (sim, mais uma vez da varanda), vemos que existe vida, que o mundo não pára e que todos os segundos da nossa existência são mais que preciosos para os desperdiçarmos com coisas que, ao fim ao cabo, nos diminuem a alma? A causa para a infelicidade será o facto de as pessoas sempre julgarem o passado melhor do que foi, o presente pior do que é, e o futuro melhor do que será? Penso que não… Estará o segredo em compreendermos a felicidade como uma recompensa e não como um fim? Talvez… O maior problema, o único que nos deve preocupar, e o único que merece a nossa maior dedicação, é o de vivermos felizes? Sem dúvida... Até porque, “não existe um caminho para a felicidade, ela própria é o caminho...e ela não está no fim da jornada, mas sim em cada curva desse caminho que percorremos para a encontrar.”

Sara Costa

29 setembro, 2008

Nostalgia




Pois é... Os anos passam e nem damos por ela, as fotos acima são do nosso primeiro ano, já se passaram 4 anos a correr, fotos de uma viagem que deu muito que falar, nem ao destino chegamos... O autocarro deu o pifo e ficamos por uma estação de serviço a fazer tempo para vir o mecânico. Bons momentos. Oh tempo, volta para trás...


26 setembro, 2008

Wolfmother - Mind's Eye

(clica no título para ver o vídeo)



When the time is right and the night is bright
We will see the things we´ve come to find
I´ve been searching for just a little more
but the days girl just slip away
And the red sunset that we just met
I can see forever

Come and see the mind´s eye
We can find it if we try
Come and see the mind´s eye
Transfixed upon the why
Come and see the mind´s eye
We can find it if we try

Well they say it´s right if it feels alright
When your love burns up in the mire
So I burnt a fire for a lost desire
See it burning higher

Come and see the mind´s eye
We can find it if we try
Come and see the mind´s eye
Transfixed upon the why
Come and see the mind´s eye
We can find it if we try

Come and see the mind´s eye
We can find it if we try
Come and see the mind´s eye
Transfixed upon the why

The mind´s eye
Right now

Come and see the mind´s eye
We can find it if we try
Come and see the mind´s eye
We can find it if we try



22 setembro, 2008

Felicidade (II)

Todos os dias somos alvos de mudança quer de personalidade, quer de clima, quer ao nível das pessoas que nos rodeiam. Fui vítima de uma grande mudança, experiência nova por bem dizer, sensações novas invadem assim o meu ser, sem eu me aperceber e sem dar por ela vou-me encontrando comigo mesmo neste novo mundinho. Sinto a mudança à flôr da pele, sinto um novo modo de vida que me fascina, sinto algo que nunca senti no meu mundinho habitual, sinto medo, algumas náuseas, mas coisinhas passageiras, coisas boas de se sentir e que vão fazer com que eu me aproxime cada vez mais do perfeito (sim, todos procuram a perfeição), mesmo que impossível, mas sim, é procurada. Escrevo da varanda (sim, mais uma vez da varanda), a chuva cái, sente-se a humidade no corpo, custa a respirar é tão bom estar aqui, é tão bom tudo o que lutei para estar aqui, faz-me falta o barulho do meu pequeno mundinho ao qual estou habituado mas ao mesmo tempo, sinto-me bem neste silêncio invadido pelo murmurinho do vento. Como é bom estar aqui, como é bom viver, como é bom ser assim, como é bom poder dizer novamente...sou feliz.

19 setembro, 2008

NEWS

Favor visitar o nosso 'trip blog'

www.lambadabamba.blogspot.com


saudações

16 setembro, 2008

viagem atribulada


Depois de 2 horas à espera do avião, 1.30h à espera do comboio, 1 hora de viagem e 50 minutos a caminhar chegamos ao destino 'platja de gandia', esperam-se depois desta viagem atribulada 6 meses de longo 'estudo' na Escola superior tecnológica de gandia. Eu e o Pedro já estamos instalados no nosso apartamento de luxo com piscina em condominio fechado onde vamos passar grande parte do nosso tempo a 'estudar' como é costume todos os estudantes de ERASMUS assim o fazerem. Mensagem esta só para sar um ponto de situação aos leitores do meu blogue e um bem haja aos mesmos. Espero que tudo esteja bem por terras lusas porque aqui não se pode estar melhor.


saudações


11 junho, 2008

Amigo? Colega?

Quem não percebe o significado da palavra amizade? Qualquer pessoa por mais simples ou excênctrica que seja conhece este conceito. Eu, por definição considero que as minhas amizades podiam estar entre quatro paredes, mas não estão, podia considerar que tenho um ou dois amigos mas não posso por que tal seria mentira. Penso que qualquer ser tem um milhão de amigos embora por vezes estas amizades transpareçam por entre nós e não nos transmitam tal sentimento. O conceito de amizade é muito utilizado hoje em dia para simbolizar pequenos actos em que se possa dizer 'obrigado(a) amigo(a)'... Está mal... Deve-se considerar até ao mais infimo acto e mesmo valorizar quem não tem estes acto para connosco como nossos amigos. A amizade tem para mim uma definição muito vasta e muitas vezes perco-me nela pois parece não haver descrição possível. Com este pequeno pensamento chego à conclusão que não existem colegas, mas sim, amigos, mesmo que estes apenas apareçam na nossa vida para dizer 'olá' ou 'tudo bem?'. Espero que todas as pessoas por quem passo e aceno assim me tomem... Por amigo. E que saibam construir o seu próprio significado de amizade, tal como eu tentei aqui exprimir por pequenas e sinceras palavras.

27 maio, 2008

Ao perder tudo

Torna-se complicado falar contigo. A chuva passou a fazer de cortinado enquanto esperava que tudo fosse fácil como antes. Procuro por ti, tento falar mas não consigo resposta, sinto-me frágil mas não dou o braço a torcer. Parece tudo tão estranho. Da varanda de onde caíam as chaves de tua casa agora apenas caem gotas de chuva, da tua cortina que luzia apenas lhe vejo as frestas entre-iluminadas. Nem uma palavra tua, nem um sinal de vida, apenas um 'não' permanente enquanto me embalo ao som da chuva que me rodeia. O melhor é partir e parto, sem deixar rasto, sem deixar nada para trás, sem pensar que me podias responder, sem pensar mais em ti... Desculpa mas quem era não volto a ser, e ao que parece, para ti morri. Até sempre.

16 maio, 2008

Wolfmother

Tales from the forest of Gnomes



Oh my friend don't get caught in yesterday

All the things we've heard have left and made their way

Lower your guns even if love has turned to spite
We may find the enemy waiting inside
Light the candle to see what may unfold

If you listen to the sound within your mind
You may find your answer flowing in the tide

Say goodbye to your sorrow
And hello to tomorrow
Well I hear the fiddler's call
Say that love is here for all

So I wrote her a letter
And I tried to foget her
Well I don't know if I go,
Can you hear the river flow?

Say goodbye to your sorrow
And hello to tomorrow
Well I hear the fiddler's call
Say that love is here for all

Lower your guns even if love has turned to spite
We may find the enemy waiting inside
Light the candle to see what may unfold

Oh my friend I hope your done with yesterday
All the things we've heard have left and made their way

Say goodbye to your sorrow
And hello to tomorrow
Well I hear the fiddler's call
Say that love is here for all

So I wrote her a letter
And I tried to foget her
Well I don't know if I go,
Can you hear the river flow?

Say goodbye to your sorrow
And hello to tomorrow
Well I hear the fiddler's call
Say that love is here for all
Say that love is here for all
Say that love is here for all
Say that love is here for all
Say that love is here for all

Lower your guns even if love has turned to spite
We may find the enemy waiting inside
Light the candle to see what you may be

02 maio, 2008

Felicidade

Eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz, Eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz Eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz Eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz Eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz Eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz Eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz Eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz Eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz, eu fui feliz, eu não sou feliz, eu não sou feliz, eu não sou feliz, eu não sou feliz, eu não sou feliz, eu não sou feliz, eu não sou feliz, eu não sou feliz eu não sou feliz, eu não sou feliz, eu não sou feliz, eu não sou feliz eu não sou feliz, eu não sou feliz, eu não sou feliz, eu não sou feliz eu não sou feliz, eu não sou feliz, eu não sou feliz, eu não sou feliz, eu quero ser feliz, eu quero ser feliz eu quero ser feliz, eu quero ser feliz, eu quero ser feliz, eu quero ser feliz, eu quero ser feliz eu quero ser feliz, eu quero ser feliz, eu quero ser felz, eu quero ser feliz, eu quero ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz, eu vou ser feliz.

29 abril, 2008

Debaixo da Árvore

Não foi debaixo da árvore que te conheci, foi quando contigo vivi, tu Sofia ensinaste-me a viver e penso que aprendi, saltamos da mesma escola e nada sabia de ti, vivemos entre quatro paredes experiências que nunca esqueci, aindate lembras quando saltámos de casa em casa e ficamos numa em que tinhamos tudo alí? Um lugar sereno onde tudo se passava, as nossas subidas ao telhado por entre a janela estreita das águas furtadas que guardam tesouros nossos ainda por abrir. Passou tempo, loucuras. Dessa casa decidimos abolir, mas ficas-te a ver-me partir? Não, vieste comigo e para o que havia de vir. Continuamos vida, sempre a sorrir até que chegou o momento em que tive de caír, seguraste-me pela mão e disseste que esta fase má apenas era passageira, saiste de cá de casa e senti. ligado a hábitos que criamos como família feliz. Não me esqueço de ti e sei que não te esqueces de mim, apesar de eu morar aqui e tu num prédio verde mesmo alí. Aninha, foi debaixo da grade árvore que te conheci, trocamos palavras, vivências e gostei de ti 'Afinal és tu a namorada do Filipe?' 'Sim sou eu' 'Agora sim me lembro de ti'. Com pequenas desconfianças, confiança se formou e me tornou dependente de ti para ser feliz. Lembras de perguntarmos ao polícia 'Praça da Republica?' e respondeu 'É por alí', perdeste-me o porta-moedas, nem sei como não te bati, coisinhas assim que se tornam gigantes embora desvaneçam na memória mas não de mim, connosco formaste a família feliz e agora partiste para o prédio verde mesmo alí. Sabes que estás comigo e que não me deixas caír. Lembras das tropas de elite quando suportamos ansiedades de ambos e dormimos entre músicas de Rui Veloso e de um cd riscado quase a partir, lembras de acordar a meio da noite e de me afligir? Lembras de chorares para mim? Eu lembro, só faltou uma historiazinha para te ver de novo a dormir. Chegou a altura e tiveste que saír, saíste de casa, não do meu coração e tu sabes que sim. Debaixo da grande árvore, naquela tarde sombria estavamos os três, vos conheci e fico feliz por estar aqui, sabendo que o prédio verde das minhas porcas é mesmo alí.
Amo-vos porcas

24 abril, 2008

Jóni + Mika = 1

||| Título dado depois de uma mera discussão entre amigos. Sente-se a saudade, num português corrente, sente-se a falta... De todos os momentos que pareceram perfeitos. Como tu dizes, eu e tu completamos-nos, senti o arrepio de choro quando ouvi isso da tua caneta numa folha de papel rasgada. A saudade ao fim de algum tempo acaba sempre por bater, saudade das cantigas até ao amanhecer, saudade do acordar depois de 3 horas de sono, saudade dos bichos da madeira que invadiam o nosso chão e os nossos colchões que pousavam levemente sobre ele, colocados paralelamente em direcção à janela, saudade de ouvir 'desliga essa merda que tou todo sequinho', saudade de arranjar algo para fazer quando a monotonia apertava, tu próprio o dizes, saudades de sentir o cheiro da carne grelhada e o sabor do milho entremeado no arroz, saudade de ti irmão que por momentos pareces longe e seguíste o teu caminho, saudade das palavras trocadas e do teu abraço, saudade dos tempos felizes e do acordar ao som de 'mondo bongo', saudade de te pedir para ficares no sofá quando se espalhava amor pelo quarto, saudade de ti irmão. Novos rumos apareceram nas nossas vidas, sinto o teu afastamento, mas ao mesmo tempo sinto-te comigo. Quero que saibas que um 'adoro-te' é pouco para descrever o quanto gosto de ti e a saudade que bate dos momentos felizes partilhados. Volta mano, corre desse chalet onde te abrigas em fumos olhando o amanhã. Vem comigo olhar o 'ontem' e deixar morrer a saudade. Vamos ser novamente a conta certa. Vamos renascer mano.
Adoro-te |||

22 abril, 2008

ESTOU ALÉM


Não consigo dominar

Este estado de ansiedade

A pressa de chegar

Pra não chegar tarde

Não sei do que é que eu fujo

Será desta solidão

Mas porque é que eu recuso

Quem quer dar-me a mão


Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar

Porque até aqui eu só


Quero quem

Quem eu nunca vi

Porque eu só quero quem

Quem não conheci

Porque eu só quero quem

Quem eu nunca vi

Porque eu só quero quem

Quem não conheci

Porque eu só quero quem

Quem eu nunca vi


Esta insatisfação

Não consigo compreender

Sempre esta sensação

Que estou a perder

Tenho pressa de sair

Quero sentir ao chegar

Vontade de partir

Pra outro lugar


Vou continuar a procurar o meu mundo o meu lugar

Porque até aqui eu só


Estou bem aonde não estou

Porque eu só quero ir

Aonde não vou

Porque eu só estou bem

Aonde não estou

Porque eu só quero ir

Aonde não vou

Porque eu só estou em

Aonde não estou



António Variações - Estou Além

19 abril, 2008

eu

|| Nunca escrevi sobre mim. A gente que aqui passa apenas me julga pela escrita, por isto resolvi escrever algo sobre mim. O meu nome é Jóni Costa, sim, sou português. Tenho 21 anos, bem ou mal vividos dependendo da neura. Fui feliz, tenho e sempre tive tudo o que quis, tenho uma família 6 estrelas, tenho 1 amigo, o meu inconsciente, todos os seus conselhos talvez sejam os melhores para mim apesar de não o perceber na totalidade e parecer que se apodera demais do meu corpo. Sou DJ, amo rock 'n' roll e electrónica. Fisicamente não me vou descrever, nem me devia ter começado a descrever, aliás, o melhor espelho de nós mesmos são os outros. Sou neurótico de profissão, ando neste momento a drogar-me com anti-depressivos, anti-psicóticos e ansioliticos para superar uma fase má nesta merda de vida. Deixo por descrever a minha parte cinzenta à qual estou a tentar chegar novamente. Eu, sou eu mesmo e se a concepção assim o permitisse, era diferente todos os dias. Impossível ou não, não custa tentar. ||


17 abril, 2008

Cosmos

Em tudo há... ou pelo menos devia haver um porquê. Todas as pessoas por quem passo e para quem olho parecem 'não preocupadas' com a vida, quando a vida é em si a maior preocupação. É um Mundinho cheio de 'Porquês' sem resposta, de 'lérias' e de muita, muita dúvida. Se toda a gente se questionasse sobre o mundo, imagino como seria, humanos deambulando dia após dia sempre com a questão 'Vou morrer quando?' 'O que haverá a seguir? 'Estas questões atormentam a vida de toda a gente, mas acreditem, atormenta mais uns que outros. Peguemos na situação da formação do planeta, ou no simples facto de estarmos pendurados numa coisa redonda a que se chama Terra. O que nos sustenta? Como não caímos? Respondem 'Por causa da gravidade' Ah... E quem soube isso pela primeira vez? Questões como estas fazem parte do quotidiano humano, e um grande conselho vos dirijo - Não pensem nisso ou então deixem para quem tem tempo para pensar nisso e para quem acredita que estar pendurado num planeta não é vida... É sim... É a vida, surgiu como surgiu, não interessa e como se costuma dizer, 'o resto é conversa'.

07 abril, 2008

Sentimento

Alguma vez sonhei acordado? Alguma vez comi sem ter fome? Alguma vez pensei no que não devia ser pensado? Alguma vez senti AMOR? Alguma vez pensei que só apenas aos outros acontece? Sim... Já pensei, já vivi com medo, mas continuo a viver, tenho medo de sentir ódio por que me ama, alojado em sentimentos neuróticos e 'não normais'. Permanecer no escuro será a melhor fuga? Será 'esconder' a melhor maneira de me livrar do 'preto' e voltar ao cinzento? Penso em mudar. Será que vale a pena? Será que apenas eu sinto a minha mudança? Será que alguém a sentirá? Será que vale a pena? Será que o sentimento se mantém? Será que vale a pena? Sinto neste momento a liberdade como a 'prisão da vida', onde tudo pode ser feito, pensado, mas ao mesmo tempo punido e julgado. Será assim a vida uma liberdade total? Há quem viva com limites. Será que vale a pena? Há quem largue sentimentos para trás. Será que vale a pena? Há quem não deseje viver, sentir ou fazer. Será que vale a pena? Há quem queira morrer e dizer adeus a todo o 'sentimento'.
Valerá a pena?

02 abril, 2008

o corvo



Edgar Allan Poe
Tradução de Fernando Pessoa (1924)


Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundindo força, eu ia repetindo:
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais."

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, de certo me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo
Tão levemente, batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse os meus ais,
Isto só e nada mais.

Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.
Meu coração se distraia pesquisando estes sinais.
É o vento, e nada mais."


26 março, 2008

Aparelho Digestivo

O aparelho digestivo origina sempre muitas queixas :

'Fui operado ao panquecas'.

'Senhor Doutor a minha mulher tem umas almorródias que com a sua
licença nem dá um peido'.

'Tenho pedra na basílica'.

'O meu filho foi operado ao pence (apêndice) mas não lhe puseram os
trenos (drenos), encheu o pipo e teve que pôr o soma (sonda)'.

Problemas da Cabeça

Os 'problemas da cabeça' são muito frequentes:

'Fui a um desses médicos que não consultam a gente, só falam pra nós'.

'Ou caiu da burra ou foi um ataque cardeal'.

Otorrinolaringologia

O diálogo com um paciente com patologia da boca, olhos, ouvidos, nariz
e garganta é sempre um desafio para o clínico:

'Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo
corpo, suar, ou o caralho, o nariz não se destapa'.

'Tenho a língua cheia de Áfricas'.

22 março, 2008

Ego(centrismo)

Por quem me tomas alma inútil? Por quem me julgas egocêntrico de merda? Existem duas vertentes tuas... Sabes quais são? A má e a péssima. És o diabo em pessoa.
Porque não me deixas em paz? Porque não me tomas por bem e não por mal? Queres-me apanhar de surpresa e fazer-me cair de novo? Queres que me envolva no teu jogo e tenha pena de ti?
Não procuras nada na vida, não fazes nada por ela. Queres o quê? Que ta ponham junto aos pés para a chutares quando bem te apetecer? O que queres de ti afinal seu merdas? Achas que tudo é fácil? Então espera por teres problemas a sério. Cresce, para de ser 'puto', tenta ser mais flexível.
O que queres tu afinal Jóni Costa?


20 março, 2008

Do meu quarto

Sentado à varanda, inalando nicotina, vejo carros passar, pessoas falar, cães ladrar e muitos 'se não' no ar... Se não vivesse, isto existia? Se eles não existissem eu vivia? Se eu não consegui-se ver, como isto seria? No contar do tempo vai escurecendo, a noite abala completamente o dia e os ruídos em menor frequência permanecem, eu, ali sentado, pensando no porquê da monotonia quotidiana, comum a todos os mortais, pensar no que haverá para além de tudo isto, o que haverá para além do Mundo. Horas passaram e o ladrar renasce, será que os animais vêm o mundo como nós? Cruel, monótono? Ou será que a vida lhes é considerada uma dádiva divina? Agora, placards luminosos interferem na escrita, quase semelhante a escrever, espaço, escrever, espaço, escrever...
Chegou gente, o momento de solidão acabou e renascerei em torno da noite para alcançar um novo dia. A noite passa, o dia recomeça. Os mesmos ruídos, o mesmo ladrar, as mesmas vozes, tudo permanece.
Acordo...

20 fevereiro, 2008

Real(idade)

|| Não sei mais o que é real, não se como me sinto é normal, não sei mais de onde vim, não sei mais o que vem aí. Rimas tornam-me humano mas a prosa descreve-me a alma. E esta? Será que existe? Existo? Porque penso? Porque respiro? Porque bate o coração? Porquê esta vida de merda? Sei que sou eu que estou a escrever, sei que é real quem isto vai ler, não sei mais de mim, tenho medo de ficar assim, amar a vida como amei torna-se cada vez mais difícil. Sinto um afastar egocêntrico das pessoas que me querem bem. E estas? Será que existem? Será que vale a pena lutar? Diagnóstico: Depressão. Não me parece que um ser depressivamente perturbado não consiga ver o mundo como ele é na realidade. Não sei qual vai ser o meu último texto, mas quer seja este, quer não, é dedicado a todos que me amaram de coração. Não sinto aquele arrepio característico de uma sensação boa de AMOR, não sinto ódio de nada nem de ninguém, apenas da minha vida e da forma como a vejo ser vivida. A vocês pais que tudo me deram e sei que nunca me deixarão, a ti mana que depois dos arrufos ficas sempre no coração, a vocês Irmandade que me elevaram em ascensão como num trono de leão, a ti Abuelito que apesar de avô me tratas como irmão, Reis, André, Gu, Guedes acham que vale a pena falar de vocês? Não... Kliff, muitas ondas te esperarão, Di, 1º amor, amizade de longa duração, Sofia e Aninha, coração de lampião, obrigadas pela luz que e iluminou na escuridão, Xinga minha deusa, tens-me na mão e a ti Abuelita, longe mas separados apenas por um véu, olha por mim então. ||


14 fevereiro, 2008

Existência(L)

Crise existencial é quando todas aquelas perguntas que você sabe que não têm a menor importância na sua vida se tornam definitivas e fundamentais para cada um dos seus próximos passos. Quem sou eu, pra que existo, existe um Deus, por que me preocupar pelos outros...? São todas perguntas legais e interessantes... são a fonte de milhares de horas de conversa... mas por um certo ponto de vista, são também completamente irrelevantes ao dia-a-dia de cada um. Para este dia-a-dia, talvez algumas respostas bem simples (não necessariamente correctas) bastem: vivemos porque não estamos mortos, existimos para sobreviver, Deus existe para que não tenhamos que pensar em como isto tudo surgiu e devemos ser bons uns com os outros porque esta é uma regra social que, no limite, garante um ciclo virtuoso. Mas porque, então, entramos em crise existencial? Talvez porque nem sempre seja um problema psicológico, talvez pelo vício de questionar e pensar, talvez por falta do que fazer... Mas talvez ainda porque somos muito cobrados a agir "da forma correcta", um "correcto" exógeno ao nosso próprio eu, tão difícil de definirmos. Na ânsia de entender essa "forma correcta" e agir dentro destes parâmetros... temos uma necessidade desenfreada de buscar o conhecimento do sistema em que nos encontramos, para que possamos tomar atitudes "certas" dentro desta realidade. E é curioso que muitas vezes fugimos completamente desta "forma correcta", para não termos de nos enquadrar neste paradigma de mundo imposto, mas sem querer caimos numa outra espécie de crise existencial, por abandonarmos o convívio social usual, quando então nosso "eu" passa a gritar pela necessidade de vivência em grupo. Nisso, muitas vezes abandonamos todo o senso de preservação apenas para nos enquadrarmos num grupo que não siga os parâmetros normais "correctos". A crise então passa a ser encontrar justificações para não vivermos nos padrões "normais". Como disse Renato Russo, "Era provar ao mundo que eu não precisava de provar nada a ninguém"...


11 fevereiro, 2008

| Lágrima de Preta |

Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhai-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

António Gedeão

Crónicas de Ridick(ulo)

Por: Jóni Costa


Para quê este verde?

Desde o começo do passeio, que me perguntava timidamente ‘Porquê todo este verde?’, porquê tanto cuidado com a natureza e tretas assim, que tanto se falam e discutem hoje em dia? Está aí alguém? Não obtinha resposta, até que alguém mais sábio que o nosso inconsciente se sobrepôs e respondeu de forma normal e sentida, ‘Este é o verde que deves conservar para que um dia possas responder ao próximo que por este caminho passar, e se encontrar com a mesma dúvida. Procura a resposta em ti mesmo’, pensei para mim que o esclarecimento não fora o mais claro e directo mas continuei percurso olhando em toda a volta e sempre na expectativa do ‘Mas porquê todo este verde?’, todos falam em cuidar disto, sustentabilidade,[1] por um mundo melhor e coisas assim, quando na verdade este implícito verde existe seja de que maneira for. Procurei, procurei, procurei e lá no fundo encontrei uma resposta, agora sim muito clara e sucinta, que pudesse atender às minhas questões. Todo este verde vem de mim, vem de nós, é útil e agradável aos nossos olhos, podermos ver cada dia uma árvore diferente, podermos olhar para o horizonte e ver que não estamos sós, sim a natureza é uma grande companhia e não…não se mantém sozinha, o vivo verde que todos os dias observamos existe se for conservado, existe se for sustentado por nós, existe porque nós existimos e vive tal como nós vivemos, cada passo em falso provoca desequilíbrios e este imenso verde deixa de ter sustento, até ficar completamente desamparado e, aí sim vamo-nos perguntar ‘E agora, onde foi todo o verde? Onde está toda a alegria que o rodeava? E, ao abrir a janela, fitar o horizonte e não ver nada ali, ouvirás sussurrando uma voz ao ouvido que te diz ‘Eu sou a natureza e graças a ti morri’.




[1] Meio de configurar a civilização e as actividades humanas, de tal forma, que a sociedade possa preencher as suas necessidade e expressar todo o potencial da natureza no presente; não pondo em causa este mesmo potencial no futuro.

08 fevereiro, 2008

a ti

Espero-te em sobressalto, com todas as velas da alma acesas. Espero que te voltes para que o meu deslumbramento se imobilize sobre o teu corpo em movimento, o teu sorriso infinito, desesperadamente infinito como o azul do céu... Não sei que palavras inventar para te puxar para a minha vida.
Junto de ti descobri, de repente, a alegria que trazia numa cave do coração. Deixei de ter caves e sótãos dentro de mim, corredores escuros onde o vento do medo uivava... Vagueio pelos salões e jardins deste castelo onde aconteceu o milagre secreto do nosso encontro... Preciso que saibas que (te) amo arrebatadamente. É isto que preciso que saibas, apenas isto que mais uma vez te direi na linguagem de beijos, saliva e suor que fizemos nossa, à margem de todas as histórias da existência que não sabemos construir.
Antes de te conhecer, eu não sabia entregar-me.
Acendo velas – dez velas que ateiam o lume da tua pele. O teu corpo é o meu palácio. Sempre foi, sempre será... Destapo-te devagar e volto a afogar-me nesse incêndio sublime que a fusão dos nossos corpos compõe. Todo o amor é uma prisão... Uma prisão inventada por nós contra a escancarada brutalidade da vida.
Era o quarto onde a Rainha Santa Isabel morreu... E ali vão as pessoas que precisam de milagres. A nós, o milagre foi-nos dado sem que o tivéssemos pedido. Como um sonho.


Inês Pedrosa

03 fevereiro, 2008

:: antagonia ::















'O berço embala a vida
A cadeira de baloiço embala os sonhos'
por: sr Santos

30 janeiro, 2008

::: medo :::

'Já não sei de onde vim
Já não sei onde estou,
Já não sei de mim
Já quase não sei quem sou'

A minha aldeia

Antônio Gedeão

Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.

Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
Angulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.

Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.

Os homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valência de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.

18 janeiro, 2008

| frases diagnóstico |

'La caminada más longa comiensa siempre con el paso más corto'
provérbio Hindu

'A sorte dá-nos parentes, a escolha amigos'

'Não cagues no rebato do teu inimigo, um dia poderás precisar de te lá sentar a chorar'

17 janeiro, 2008

| nem tudo parece fácil |



| Num abrir e fechar de olhos, uma breve deslocação inconsciente sobrepõe-se à calma e transporta à ansiedade, num piscar de olhos, inconscientemente, o ar fresco entra como modo confortante e confortantemente surge o pânico. Fase estava para aparecer e eu sem acreditar que comigo não fazia sentido isto acontecer. Fase ou não, está ou esteve em evolução, depressivamente se esvai o pensamento e todo o suplemento que alimenta a mente. Passaram dias e dias a fio com confiança a zero e amor a menos um, sentimentos intangíveis que não cabem em nenhum ser e que em momentos nem a mim parecem ter espaço. Passou... A droga parou mas não muito tempo durou, novamente a existência se pôs em causa e permanece até hoje com esperança de uma volta rápida ao passado, novamente um sonho comanda a vida, sonho que cedo ou tarde se há de tornar realidade. Tudo em volta gira a 200 quilómetros horários e nunca se nota o porquê dessas voltas serem tão rápidas e ao mesmo tempo tão inconscientemente derivadas. Permaneço ausente a pensamentos que me atormentaram durante tempos, elimino negatividade e procuro paz. Fases menos boas perseguem a vida e cabe apenas a quem se deve pensar sobre isso, cabe-nos a nós encarnados, sobrevivê-las e ultrapassá-las como muitas que hão-de vir...
Quer queiramos, quer não... Aceitemos a afirmação 'É a vida' |

8 Janeiro 2008
galerias santa clara