31 outubro, 2008

a ti gaby...

'Oh como é doce e consoladora a certeza de não haver, entre nós, mais do que um véu material, que te esconde ao meu olhar, a certeza de que possas estar aqui, ao meu lado, ver-me e ouvir-me como outrora, de que não me esqueces, da mesma maneira que não te esqueço, de que os nossos pensamentos se confundem incessantemente, e de que o teu pensamento me segue e me ampara sempre. Que a paz esteja contigo' ALLAN KARDEC

R.I.P Vivi

força do pensamento

Acordei, dei por mim a pensar como é bom pensar, nunca me tinha apercebido do quão vastos são os pensamentos. Já alguma vez te apercebeste que não escolhes aquilo em que pensas? Que não é possível dizer a um pensamento 'vai embora', assim como não é possível dizer ao coração 'pára' e o que acontece é que ele não pára, continua a dar-nos vida. Já experimentaste ser mais forte que os teus pensamentos? Não tentes, não vale a pena. Faças o que fizeres, fomos gerados com uma capacidade mínima de não poder controlar totalmente o nosso cérebro. Agora me pergunto, será possível enganar um pensamento? Será possível fazer com que este mude? Sim, é bem possível porque não somos comandados por eles, se pensarmos que somos malucos isso não faz de nós malucos. Aqui está a essência do pensamento, é incontrolável mas manipulável. Agora pensem para vocês se vale a pena ou não 'pensar'.

(a ouvir - This is halloween)

28 outubro, 2008

leveza

Levemente como uma simples pena a pairar, um fio de incenso no ar, uma simples brisa que entra pela janela a susurrar, estou sentado num quarto de apartamento, numa pequena 'caixa' onde moram muitos como eu, como nós. Serei o único neste momento a sentir esta leveza? Serei o unico que pensa assim com clareza? Sim, consigo novamente pensar com clareza, hoje senti-me completamente vivo, como já não me sentia há já algum tempo. Que boa é a vida, que bom e poder gritar para mim mesmo como é boa esta alegria. O dia começou cedo, o pólen no ar dá um toque de magia a uma linda manhã de outono, salientando-se por entre folhas caídas no parque. Foi bom percorrer caminho por entre o verde das árvores, respirar fundo e fazer uma vénia à vida. Acabou o dia com um grande peso do stress citadino, mas esta leveza que me invade agora e de tudo o que me rodeia instalou de novo em mim o verdadeiro eu pelo qual procurei todo este tempo, o verdadeiro eu que diz 'olá' à vida, o verdadeiro eu que sou 'EU'.

(a ouvir) Lacrima

02 outubro, 2008

Felicidade (III)

Normalmente…é sempre assim… é a fraqueza do homem que o torna sociável, são as nossas misérias comuns que levam os nossos corações a interessar-se pela humanidade… Todos os afectos são indícios de insuficiência: se cada um de nós não tivesse necessidade dos outros, nunca pensaria em unir-se a eles. Assim, da nossa própria enfermidade, nasce a nossa frágil felicidade. Só Deus goza de uma felicidade absoluta, mas qual de nós faz uma ideia do que isso seja? Se algum ser imperfeito se satisfizesse consigo mesmo, tal como Deus, de que desfrutaria ele, na nossa opinião? Estaria só, seria miserável. Ser-se feliz assenta em gostar, e sentir que somos queridos para alguém, importantes, especiais. Não posso acreditar que aquele que não precisa de nada possa amar alguma coisa: não acredito que aquele que não ama nada se possa sentir feliz. A vida é feita de altos e baixos, obstáculos, metas, objectivos a alcançar…e só com a base de nos sentirmos especiais, importantes e queridos para alguém conseguimos ultrapassar tudo o que, nem que por breves instantes, ou até mesmo dias, ou até mesmo meses, nos queira pôr abaixo… nos queira derrubar. Todos nós já nos sentimos mal, sem vida, sem razão por que continuar, como se diz por aí, sem ponta por onde se lhe pegue! Mas porquê? Porquê sentirmo-nos assim se temos uma vida imensa e tanto por descobrir? Porquê, se tudo o que nos rodeia é tão lindo e tudo o que Deus fez funciona? Porquê, se ao pararmos para pensar e estivermos uns minutos a olhar pela varanda (sim, mais uma vez da varanda), vemos que existe vida, que o mundo não pára e que todos os segundos da nossa existência são mais que preciosos para os desperdiçarmos com coisas que, ao fim ao cabo, nos diminuem a alma? A causa para a infelicidade será o facto de as pessoas sempre julgarem o passado melhor do que foi, o presente pior do que é, e o futuro melhor do que será? Penso que não… Estará o segredo em compreendermos a felicidade como uma recompensa e não como um fim? Talvez… O maior problema, o único que nos deve preocupar, e o único que merece a nossa maior dedicação, é o de vivermos felizes? Sem dúvida... Até porque, “não existe um caminho para a felicidade, ela própria é o caminho...e ela não está no fim da jornada, mas sim em cada curva desse caminho que percorremos para a encontrar.”

Sara Costa