26 abril, 2011

correspond(ência)

Caro Jóni Costa,

Tornou-se difícil ao longo dos tempos, perceber o que quer que seja através da tua cabeça, tanto que por vezes já não sei se somos um, se somos mais que isso. O monstro que teima em aparecer, teima, teima, teima e teima, e nunca, ou penso que nunca mais me vai fazer chegar a um razão de ser. Cada dia que passa estamos mais separados porquê? Queria apenas que fossemos um, só um, será pedir muito? Será muito pedir para voltarmos a estar em sintonia? Que a vida flua como antes? Assim, sozinha, sem ti não consigo nada. Preciso de ti de volta, preciso de ti porra, preciso que me dês apoio porra, preciso que me ajudes a ser aquilo que sempre fomos, um, só um, mais nada, só um, só um, só um. Sempre que vais, o meu olhar desvanece e tudo, ou quase tudo desaparece, não faças mais isto, a mãe precisa de ti, o avô, o pai e a mana precisam de ti, por vezes longe, precisam de ti. Não vás embora nunca mais de mim, senão o que farei apenas com metade de nós? O que farei sem ti? O que farão eles sem ti? Porque teimas em partir? Será muito pedir que fiques porra? Gosto tanto quando estamos juntos. Gosto tanto do que me fazes sentir. Gostava tanto que me envolvesses nos teus sentimentos e emoções como fazias antes durante todo o dia. Gostava que acreditasses que podemos ser felizes estando juntos e sendo apenas um porra. Por favor não partas, não agora, não consigo sozinha, não agora que tudo desvanece, não agora que estou quase lá. Só tu me percebes, partires é o fim, fica agora, fica amanhã, fica para sempre comigo.
És meu e eu sou tua, sozinhos nenhum de nós existe.


Para sempre tua,


Consciência