saudade

Saudade de quando ouviamos os três Seu Jorge e Ana Carolina no quarto 1 da 'nossa' casa.
Um beijo em vocês minhas porcas.

Vos quiero mucho

Esta é para vocês... Sabem quem são...

sonha(r)

Entre um sono e algo profundo, chamado pensamento sub-consciente surgem histórias, remontadas a um mágico poder de imaginação.
Numa casa, algum luxo, mas uma simples casa, dois andares, escadas em caracol e divisões perfeitas, permanecem puros ,ambos os que viveram este alucinante clima. Depois de algum tempo e sem perceber de onde aparecera o careca, que se julgara como Deus, ou melhor, um simples mágico informaticamente possuído, entrou na imaginação do 'eu' que sonhava. Retratava-se um quarto com todas as paredes em vidro, que facilmente podiam ser retiradas, tal e qual o jogo 'Sims', uma secretária com um portátil e um beliche preenchiam esta divisão. Todos os dias procurava não encontrar o ser 'careca', maléfico por natureza, que me atormentava o pensamento, mesmo assim, sempre sem efeito, o encontro era inevitável, espalhando medo e sentimentos obscuros. Enquanto novas tecnologias nos distraíam, um camião descarregava nada mais que camas ao longo do nosso jardim. (Ainda hoje não percebo o porquê). O Gu permanecia quieto, como que morto, balançando apenas o pé ao som da música do seu mp3. Saí do quarto com sensações de agorafobia demasiado intensas, permanecendo no hall de entrada à espera que algo acontecesse senti tremor e ruído, sem explicação, cabos saltavam do computador do quarto, Gu permanecia inalterado, apareceu então o senhor careca, entrou no quarto e toda a confusão parou, superstição minha ou não? Medo? Sim... De forma fantasmagórica o careca desapareceu. Olhei em torno de mim mesmo e vi um computador portátil com a tampa semi-aberta, subi a escada em caracol nunca antes por mim penetrada e deparei-me com um enorme armazém, repleto de camas e beliches, as entregas que os camiões deixavam no jardim. (Continuo sem preceber o porquê.) Desci novamente as escadas e não aguentando a curiosidade, espreitei para ver o que escondia o computador semi-aberto, levantei a tampa e deparei-me com um jogo em pleno funcionamento, tal e qual o 'Sims', mas onde figuravam as duas divisões e as duas personagens, eu e o Gu, tal e qual como na realidade, alí, virtualmente demonstrado, todos os movimentos que realizavamos, estavam alí, presentes naquele jogo, em tempo real, quando me deparei no monitor, na imagem das escadas, o careca a descer as mesmas, fora apanhado de surpresa, julgo que estavamos a ser alvos de estudo (Não sei que tipo de estudo). Corri para o quarto onde me deitei junto ao Gu, que como sempre, permanecia inerte, apenas balançando o pé e focando o infinito com o olhar, senti a aproximação do ser negro, cada vez mais perto da porta, temi, tremi e o pânico alojou-se em mim. Fui agarrado pela penumbra deste homem, que por palavras a morte me desejou, eu apenas rezei, senti o toque suave da sua mão sobre a minha testa, fechei os olhos e... acordei.

'Sonho' 8 de Janeiro de 2008