Amo-vos porcas
29 abril, 2008
Debaixo da Árvore
Amo-vos porcas
24 abril, 2008
Jóni + Mika = 1
Adoro-te |||
22 abril, 2008
ESTOU ALÉM
Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
Pra não chegar tarde
Não sei do que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão
Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só
Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
Pra outro lugar
Vou continuar a procurar o meu mundo o meu lugar
Porque até aqui eu só
Estou bem aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só quero ir
Aonde não vou
Porque eu só estou em
António Variações - Estou Além
19 abril, 2008
eu
17 abril, 2008
Cosmos
Em tudo há... ou pelo menos devia haver um porquê. Todas as pessoas por quem passo e para quem olho parecem 'não preocupadas' com a vida, quando a vida é em si a maior preocupação. É um Mundinho cheio de 'Porquês' sem resposta, de 'lérias' e de muita, muita dúvida. Se toda a gente se questionasse sobre o mundo, imagino como seria, humanos deambulando dia após dia sempre com a questão 'Vou morrer quando?' 'O que haverá a seguir? 'Estas questões atormentam a vida de toda a gente, mas acreditem, atormenta mais uns que outros. Peguemos na situação da formação do planeta, ou no simples facto de estarmos pendurados numa coisa redonda a que se chama Terra. O que nos sustenta? Como não caímos? Respondem 'Por causa da gravidade' Ah... E quem soube isso pela primeira vez? Questões como estas fazem parte do quotidiano humano, e um grande conselho vos dirijo - Não pensem nisso ou então deixem para quem tem tempo para pensar nisso e para quem acredita que estar pendurado num planeta não é vida... É sim... É a vida, surgiu como surgiu, não interessa e como se costuma dizer, 'o resto é conversa'.
07 abril, 2008
Sentimento
Valerá a pena?
02 abril, 2008
o corvo
Edgar Allan Poe
Tradução de Fernando Pessoa (1924)
Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de alguém que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."
Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!
Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundindo força, eu ia repetindo:
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais."
E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, de certo me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo
Tão levemente, batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.
A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse os meus ais,
Isto só e nada mais.
Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais.
Meu coração se distraia pesquisando estes sinais.
É o vento, e nada mais."