30 dezembro, 2011

Crise? O que é isso?


Estou de regresso a casa depois de uma viagem de 11 dias ao continente Africano. Durante a minha estada em Portugal durante estes 25 anos, sempre ouvi tudo e todos a queixarem-se de dinheiro, quando não podem comprar bens materiais ou mesmo aquelas coisinhas que não fazem falta. Pois, caros amigos, só essas pessoas sentem a crise, mas estão muito mal acostumados e o significado que lhe atribuem é aquele no sentido da pobreza, por não poderem ter os bens materiais que lhes convêm. Continuando, em África, pude reparar numa coisa muito distinta do nosso país. Em Portugal, o OMN é de 485 euros, em Cabo Verde, o OMN varia entre 100 e 150 euros (nunca ouviram falar de crise), em Portugal, as pessoas têm em media 2 filhos porque não há dinheiro para mais, em África cada homem tem em média 8 filhos, ganha o que mencionei anteriormente e ainda consegue sair a noite e ir para os copos com os amigos (nunca ouviram falar de crise), em África, comi carne cortada em cima de uma escada de cimento, em Portugal a ASAE não deixa. Em Portugal diz-se ‘bom-dia’ e recebe-se um ‘bom-dia’ (às vezes), em África diz-se ‘Bom-dia’ e recebe-se um ‘Bom-dia’ (sempre) e um sorriso.
Concluindo, mentalidades diferentes? Poupem-me, deixemos de ser consumistas, a crise deriva do nosso consumismo e não do pouco que ganhamos e do caro que é isto ou aquilo. Se, no Mundo, existem pessoas que vivem com 100 euros por mês, com uma família de 10 pessoas, não nos vamos queixar, pelo amor da Santa. Deixemos de lado o que ‘queremos comprar’ e passemos a comprar o que ‘precisamos comprar’. Creio eu, na minha inocência, que sendo este o primeiro passo, conseguimos lidar com a ‘crise’ em Portugal. Mas sou apenas um desses consumidores, no entanto, vou dar esse passo.

24 dezembro, 2011

Oh oh oh...

Feliz Natal e um 2012 cheio de coisas boas.

15 junho, 2011

stop motion

Os meus parabéns ao Carriço mais novo por este primeiro de muitos trabalhos.

10 junho, 2011

estranho/s

Como tenho andando um pouco sem sentido e pouco inspirado, partilho este pedaço de mim e de todos que têm um estranho em sí.

26 abril, 2011

correspond(ência)

Caro Jóni Costa,

Tornou-se difícil ao longo dos tempos, perceber o que quer que seja através da tua cabeça, tanto que por vezes já não sei se somos um, se somos mais que isso. O monstro que teima em aparecer, teima, teima, teima e teima, e nunca, ou penso que nunca mais me vai fazer chegar a um razão de ser. Cada dia que passa estamos mais separados porquê? Queria apenas que fossemos um, só um, será pedir muito? Será muito pedir para voltarmos a estar em sintonia? Que a vida flua como antes? Assim, sozinha, sem ti não consigo nada. Preciso de ti de volta, preciso de ti porra, preciso que me dês apoio porra, preciso que me ajudes a ser aquilo que sempre fomos, um, só um, mais nada, só um, só um, só um. Sempre que vais, o meu olhar desvanece e tudo, ou quase tudo desaparece, não faças mais isto, a mãe precisa de ti, o avô, o pai e a mana precisam de ti, por vezes longe, precisam de ti. Não vás embora nunca mais de mim, senão o que farei apenas com metade de nós? O que farei sem ti? O que farão eles sem ti? Porque teimas em partir? Será muito pedir que fiques porra? Gosto tanto quando estamos juntos. Gosto tanto do que me fazes sentir. Gostava tanto que me envolvesses nos teus sentimentos e emoções como fazias antes durante todo o dia. Gostava que acreditasses que podemos ser felizes estando juntos e sendo apenas um porra. Por favor não partas, não agora, não consigo sozinha, não agora que tudo desvanece, não agora que estou quase lá. Só tu me percebes, partires é o fim, fica agora, fica amanhã, fica para sempre comigo.
És meu e eu sou tua, sozinhos nenhum de nós existe.


Para sempre tua,


Consciência