13 julho, 2007

| fez dele guerreiro |

Alguém se revelou e disse: Porquê este destino e este local longínquo? Sem saber o que fazer partiu, deixou para trás os afazeres e deveres, surgiu noutro lado como se de mim se tratasse, tentou anunciar a sua partida mas não passou de uma expressão assemelhada a um navio naufragado, e foi... procurou o mundo, sem saber de cor o seu próprio saber, sem preceber o que havia de ser feito, por ele ou não, partiu levado pelo coração. Continuou sem despedidas, sem ameaças de revolta descomplicadas, sem hábitos inatos, sem um único pacote de nada.
Será esse o rumo de que falava?
Será esse o rumo com que sempre sonhava?
Algures entre o passado e o passado procurou respostas sem obter algo que de cultura lhe interessa-se. Talvez não tenha sido o rumo que retratou, mas seguiu, tramou, analisou...
Sobreviveu?
Algures entre o hoje e o hoje procedeu a algo que nunca conheceu, mas no entanto admirou e de todos escondeu...
Sobreviveu?
Algures num futuro...morreu.
Não soube o que fez, não soube o que deixou, não soube o que pensou e sofreu, caminhou por entre destinos traçados com o objectivo de sucesso e felicidade, abandonou esperanças e a sua própria cumplicidade, tornou-se guerreiro de si mesmo e morreu, agradeceu, sorriu e lentamente partiu.

by Jóni Costa

um,dois,três, conta certa? talvez...

| Dia após dia com mais intensidade, 3 manos e um local, chá quente, águas com gás e corações ardentes de dedos de conversa e revistas aos quadradinhos escritas na língua irmã peninsular, enquanto um brilho invade um mano no olhar. Brilho este de quê? Algures entre o horizonte e o 'não sei o quê', um vazio invade-nos a mente, um chillout pesado como de uma grande corrente de ferro se trata-se, prendendo palavras, extravagando sentimentos e desejos comemorados entre algures o 'local', Frio? Não... o tempo aquece, mas de nada e nem de nenhum de nós se esquece, não arrefece e entardece... A conversa continua, de mulheres, cultura e música como se o amanhã não existisse e em nós não se retratasse.
1 hora, 2 horas a fio, conversa pálida como a mesa, como as cadeiras e como o luar que nos invadia o ser... Os três ficam sempre, não há heterónimos que substituam o que poucas mas boas vezes se repete sem pudor, sem dor, com amor?
Talvez sim, talvez não... s i l ê n c i o
. . .
Ouvimos o palpitar do coração, por entre vozes que vêm do fundo sem preceber o 'porque não' do Mundo e permanecemos inalterados, sem qualquer alteração física inconstante. Assim é o peso de uma amizade, deveras imcompreendida mas com um doce sabor amargo proveniente do coração.
Um adeus? ou melhor não...
Continuamos os três, agora aplicando sobriedade no real viver, Ideias?
Juntos? sempre... Até quando?
Até so sol se pôr
Até ao horizonte não se ver
Até não haver amanhecer
Até que um dia o esquecimento ou a morte um de nós tenha de escolher. |

by Jóni Costa @ 'galerias santa clara - coimbra'